Então, não consigo tirar da mente aquela cena. No momento que me vi naquela situação me senti pequena, vil. Ocupada na minha vidinha mais ou menos. Tive piedade da minha própria pequeneza. Meus olhos se encheram de lágrimas diante da minha inércia. Aquele pobre ser vivo andava ao meu lado com uma imensa ferida.Precisava de cuidados. Precisava de alguém que o salvasse. Eu e todas as pessoas que caminhavam naquele momento, assim como eu, olhavam o sofrimento e nada faziam, alguns se impressionavam comentavam sobre aquele imenso buraco no lombo do animal.Porque não o peguei no colo? Porque deixei escapar a oportunidade de aliviar aquela dor imensa?
O cão atravessa a rua na frente dos carros, sua aflição era tamanha, que a morte talvez fosse mais confortável naquele momento.Observei a tudo.Por segundos passou pela minha mente a possibilidade de esquecer a hora marcada e me entregar à salva-lo. Mas o que poderia fazer? Para onde levá-lo? E se ele me atacasse?
De que adianta tanta compaixão se não há ação?
segunda-feira, 30 de março de 2009
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2 comentários:
todos sofremos desse mal.
não nos espantamos com mais nada.
tenho pensado muito nisso.
belo post.
Fico confuso e me questiono todinho com esse post.
T.
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