segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O que significa liberdade?

Quem me conhece sabe, o quanto gosto de assistir filmes densos, que me fazem refletir. Não sou mais tão radical, como há mais ou menos uns 6 anos atrás, onde só considerava filmes que fossem estrangeiros, os chamados cult`s, de qualidade. Hoje me dou o direito de ver de tudo um pouco. (Não entram logicamente na minha lista Rambo, Duro de Matar, Filmes do Didi, e outras tosqueiras). Obviamente o meu tesão em assistir Comédias Românticas e filmes de ação é bem reduzido. Mas se não tiver outra opção assisto, comendo um balde de pipocas, feliz da vida. O mesmo para TV, atualmente vou do luxo ao lixo (para distrair e rir um bocado da falta de limite quando se fala em briga pela audiência).

Vi “A lenda”, “Últimos dias”, “Speed Racer”, Titanic.... Vejo desenhos animados da Pixar, da Disney, com a minha filha. Já vi outros tantos sucessos americanos de bilheteria, que valem a pena pelos efeitos especiais. E admito, estes e alguns outros detalhes colocam a indústria cinematográfica americana no topo em matéria de qualidade, logicamente não em todos os casos.

Ouvi um comentário besta um dia desses em uma TV universitária sobre o filme “Na natureza selvagem”.E me deparei com o dito “dando sopa” na estante da locadora do meu bairro. Roteiro e direção de ninguém menos que Sean Pean e baseados em fatos reais, o filme conta a história de um rapaz que resolveu “dar uma banana” para o sistema, “chutar o pau da barraca e ir de encontro à natureza. Parecia ser interessante.... Quem nunca teve vontade de largar tudo e ir morar na praia, vender água de coco, sanduíche natural ou bijuteria hippie?

O filme à primeira vista é monótono. Até o meio do filme, tive a impressão de ser a história muito fantasiosa, muito cor de rosa, para o meu gosto. A impressão foi desfeita com o desenrolar da história e percebi que tudo isso, inclusive a monotonia, é proposital.

Além de a fotografia ser fenomenal, (o ator filmou algumas vezes no Alasca) adorei o movimento de câmera. Tem cenas que “Alexander Supertramp” olha para diretamente para a câmera.

Conselho: Preste atenção nas falas. Sutileza e poesia o tempo inteiro. O enredo bate muito mais profundo do que a simples questão da necessidade do “desapego” às coisas materiais e a importância da liberdade e do contato com a natureza para o ser humano. Esbarra em outras questões cruciais e profundas na existência humana.

Acabei de ver o filme, extasiada pela bela história e apaixonada pelo personagem principal, Christopher McCandless (estrelado por Emile Hirsch). Não posso esquecer-me de citar a trilha sonora de Eddie Verder, com melodias lindas que dão um toque final à obra. Resumindo: para quem gosta da sétima arte é uma excelente pedida.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Cecília, Ceci, Ciça ou teté

Hoje, dia 11 de Setembro, faz exatamente nove anos que descobri o que é amor verdadeiro. Descobri e agora entendo os cabelos brancos de minha mãe e meu pai no auge dos meus 30 anos. Descobri na maternidade que não existe limites quando se fala em sacrifício e renúncia.

Mas não somente descobri, nestes completos novos anos. Aprendi e aprendo todos os dias com essa criança maravilhosa. Este presente caprichado de Deus que recebi com apenas 21 anos, que agradeço todos os dias.

Nem que ficasse escrevendo aqui zilhões de palavras, poderia descrever perfeitamente e justificar porque a minha Cecília é especial. Quem conhece esses grandes e expressivos olhos castanhos e esse sorriso fácil e maroto, sabe o que estou dizendo. Tudo bem, podem dizer que é “corujisse” de mãe, que sou suspeita para falar disso. Mas a Ceci tem um carisma e um coração gigantesco e qualquer um que a conhece percebe de “cara” todo seu brilho. Sem falar no quanto é bonita, inteligente e madura!E como me orgulho disso!

Dedico esse tópico a você minha linda! Você me faz mais completa! E me traz só alegrias! Obrigada por me dar esta oportunidade de ser tua mãe, nunca, uma “instituição”, (por favor, entendam este equívoco sociológico, mas já ouvi esta definição de uma certa pessoa). Mas MÃE com todas as letras e em toda sua extensão: de ventre, de lágrimas de emoção, de noites mal dormidas medindo a temperatura com o termômetro, de falar com os olhos, de dormir abraçado, de participar de um teatro e pagar o maior mico vestida de Maria (mãe de Jesus), com um lençol na cabeça e um cabo de vassoura na mão (rs), de proteger, de longas conversas, de brigar pelo seu bem sempre (custe o que custar), de enfrentar um domingo de sol quente em um parque de diversões ou no zoológico, de ver dezenas de filmes e seriados infantins na TV e no cinema e de fazer das “tripas coração” para te ver feliz e SEMPRE rodeada de pessoas que te AMAM VERDADEIRAMENTE.

Amo vc até não poder mais!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Paixão tem prazo de validade?

É engraçado pensar nas paixões que já tivemos. No auge do sentimento parece que tudo o que se vive é eterno. O beijo, o toque, o cheiro, o sorriso, o brilho nos olhos, as palavras, os planos para o futuro. Parece que nunca terá fim. Mas, como todos sabem: tem. Às vezes demora anos, meses, semanas ou dias. Mas que o “quentinho” do coração, um dia vai embora, isso vai.

Estranho é encontrar alguém com quem se viveu momentos intensos, de muita intimidade, quase “uma só carne” e se resumir a um: Oi Tudo bem? Isso, quando o término foi superado de forma bacana. Se não, é virar a cara na rua, abaixar os olhos e evitar qualquer tipo de diálogo. Ou pior ainda, vira inimigo mesmo e todo aquele amor vira ódio, e ponto final.

Quando encontramos um ex- parece que passa um filme na cabeça. Putz! Essa pessoa que cumprimento com um sorriso amarelo nos lábios, já dormiu do meu lado, sabe de inúmeras coisas íntimas minhas e agora é uma pessoa bem distante. Não representa mais tanto como naquela época, no máximo "um bem querer", um sentimento de “boa sorte” na vida. Tudo que foi vivido tão apaixonadamente é apagado pela borracha do tempo. E vira passado. Página virada. Só ficam as lembranças boas de alguns momentos em fotos e poucas linhas de um cartão de aniversário, ou em um bichinho de pelúcia empoeirado em cima do armário.

Mas nessa situação de paixão que vai, existe um caso mais triste. Quando “ela vai” para um, e “não foi” ainda para o outro. A famosa “dor de cotovelo”. Aí é mais dolorido ainda, principalmente quando a figura já está em outra há muito tempo.
Confesso que ser o objeto do amor de um alguém, mesmo que não seja recíproco é bom. É confortante saber, que o coração dele ainda bate mais acelerado por você. Passa o tempo, outras pessoas aparecem na sua vida e daquela pessoa, mas existe um cantinho que ainda é seu. Pode ser egoísmo, mas é delicioso saber que alguém apesar de tudo, ainda te quer muito bem.E isso não dá para esconder...(Uma coisa é fato: É mais confortável ser amado do que amar).

Pena que as coisas são muito efêmeras. Os amores então, nem se fala! Seria tão bom se toda aquela paixão do inicio perdurasse.... Porém isso tudo vai minando com o passar do tempo. E todo aquele cuidado que se tinha com o outro, vai se perdendo. Os beijos não duram tanto mais, e nem têm o mesmo gosto.

E o mais engraçado que mudam as pessoas, mas todo o relacionamento é isso. No ínicio aquela alegria e bem-estar: "Somos o par perfeito".Não existe defeitos no outro.O sorriso é uma constante nos lábios.Depois de algum tempo tudo muda, as brigas tomam conta dos suspiros.Os elogios são substituídos por ofensas.E o castelinho de areia dos sonhos vai se desfazendo aos poucos, até virar pó no vento.

Daí vocês devem estar se perguntando. Mas e aqueles casais que dão certo?Que conseguem manter a chama da paixão, mesmo com a rotina e os quilos a mais? Qual o segredo? Juro que não sei qual a fórmula. Com certeza se soubesse não estaria com uma lista tão grande de ex´s. Mas uma coisa me acalma: ainda bem que é muito mais difícil ter um ex-amigo.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

“Florbela espanca a gente”

Esse título foi uma frase de um amigo que descreveu muito sabiamente as obras da poetisa portuguesa Florbela Espanca. Por trás de seus versos sempre taciturnos e melancólicos, a maioria expressando sofrimento e dor, amor não correspondido e solidão, paixões avassaladoras e etc, há uma biografia triste de uma mulher transgressora e digamos até revolucionária para os padrões da época.
Para quem nunca ouviu falar dela, vou fazer uma alusão chula, (perdôo-me os fãs), diante da grandeza de Florbela. Basta recordar os versos da música Fanatismo na voz do cantor e compositor cearense Fagner.

“Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver !
Não és sequer a razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida !

Não vejo nada assim enlouquecida ...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida !

"Tudo no mundo é frágil, tudo passa ..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim !

E, olhos postos em ti, digo de rastros :
"Ah ! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus : Princípio e Fim ! ..."

Não que odeie Fagner. Não é isso. Mas é que amo Florbela. E o sotaque dele definitivamente não combina com seus versos. Ainda mais alguém que gravou “Quem dera ser um peixe”. È inconcebível!

No próximo post continuo "espancando" vcs com sua biografia e outros versos....Aguardem!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O peixe morre pela boca

O peixe morre pela boca
Se todo mundo soubesse o poder que as palavras têm....Não sairiam por aí, despejando um monte delas em ouvidos alheios.... Para exemplificar isso:
"Quem fala muito dá bom dia a cavalo". (Lá vai mais um ditado popular para florear meu post)

Quando se fala muito se expõe. E se expor para um ser humano mal intencionado é o pior dos pecados. Quem nunca foi vítima de uma fofoca? Um disse-me-disse? Quem já brincou de telefone sem fio sabe que a informação chega totalmente distorcida no ouvido do último da fila.

Eu “visto a carapuça” (ops) e digo: Eu mesma sou uma que falo prá caramba. Falo, reclamo, e sou franca além do limite. Ás vezes abro demais minha vida pessoal para pessoas erradas. Sou sincera ao extremo com quem não merece.
Resultado: sofro muito com isso.

Como “boca fechada não entra mosca”, (vou usar só mais esse, prometo!) ficar calado e ouvir mais é mais confortável e mais seguro, principalmente em determinados ambientes.
As palavras deviam ser usadas só para o bem. Para elogiar e enaltecer. Infelizmente na maioria das vezes é o contrário. O dom de "parlar" é mais usado para julgar, para caluniar, para difamar e prejudicar. A “fala” também é muito importante quando temos que argumentar defender um determinado ponto de vista. Aliás, é elemento crucial para “se fazer ouvir”. Na verdade este post surgiu porque vivenciei recentemente algo nesse nível, e o meu silêncio foi crucial para não “dar com os burros n´água” (ops, esse escapou rsrsrs).

“O dom da fala foi concedido aos homens não para que eles enganassem uns aos outros, mas sim para que expressassem seus pensamentos uns aos outros.” (Sto Agostinho)

sexta-feira, 4 de julho de 2008

E Viva Xico Sá!

Só para não deixar meu bloguinho a ver navios......
Amo esse cabra! Apesar de discordar que os homens feios trazem tanta felicidade assim.....



MODOS DE MACHO - Feios em alta, o resto é bossa

Xico Sá*/Especial para BR Press
(BR Press) - Como dizem aqueles cartazes de estádio de futebol em finais de campeonatos, todo regozijo, toda poesia, todo triunfo e prosa: Eu já sabia!

Repare amigo, observe amiga, no que disse o informe da BBC de Londres esta semana, rádio de confiança que ouvia há séculos com meu avó João Patriolino lá no sítio das Cobras, Santana do Cariri, ali entre Nova Olinda e Assaré, na confluência do Ceará, Pernambuco e Piauí, música ao longe entre uma rasga-mortalha e outra a ranger nas telhas dos mal-assombros possíveis do museu de almas e botijas:

“Mulheres casadas com homens feios são mais felizes!!!”

Ponham exclamação nisso, colegas tipógrafos aí nas oficinas dos velhos jornais e almanaques da vida, no tempo em que os gráficos tocavam fogo no mundo e paravam tudo, no tempo em que Manoel Caboclo e Silva fazia o seu lunário O Juízo do Ano, rua de Todos os Santos, Juazeiro, salve, salve meu vizinho.

Ponham aspas nisso, tipógrafos da modernidade. Feios para quem, caras pálidas?

Perguntem às crias das nossas costelas ou às nossas mães mais lindas ainda lá nos seus sagrados cantinhos!

Mulheres casadas com homens feios são mais felizes. Isso mesmo. Releia, acredite, repita comigo a manchete da semana. É a ciência comprovando o que sempre digo, amigo, é a ciência a serviço da vida de trasantontem.

É o que diz o informe da BBC, agora transmitindo apenas no mundo virtual e interneteiro, que pobreza, aquela emissora que me fez ouvir, no meio da Serra do Araripe, a linda Hey Jude, The Beatles, pela primeira vez, que coisa. Mas bora ao que interessa nessa crônica, chega de nostalgia, rapaz, a vida segue, a vida é bronca permanente como a revolução de Mao Tsé-Tung, eita porra.

"Os homens mais bonitos que suas parceiras demonstraram tendência a oferecer menos apoio emocional e prático às suas mulheres", avaliou o professor James McNulty, que coordenou o estudo, segundo o jornal britânico Daily Mail, ponto de partida da notícia.

"Homens mais bonitos têm à disposição mais possibilidades de relacionamentos de curto prazo, o que os torna menos satisfeitos e comprometidos com o relacionamento."

Ri, macaco darwinista!

É o que dizem os pesquisadores da tal notícia.

Mal-diagramado que só vendo, eu não digo é nada, sob pena de parecer defesa corporativa dos feios do mundo, uni-vos.

Mas que faz sentido, isso faz, o Príncipe Ribamar da Beira-Fresca, sábio que se passava por doido em Juazeiro, sempre à espera de cartas da Princesa Isabel, para quem se declarava eternamente, que o diga.

Os lindos são muito mal-resolvidos. Acostumaram achar que a vida é uma luta de boxe que sempre vencem por nocaute.

Os feios são mais devotos e amorosos. Passam a vida vencendo apenas por pontos. E passarão, gracias.

Os mal-diagramados sempre tiveram que minar as resistências, gastar o latim de todas as missas, cozinhar os juízos, “priquitins” molhados de sertões difíceis de chuvas, desertos semi-áridos que se águam com muita prosa, governo em ano bom ou língua.

Faz todo sentido do universo essa pesquisa do triunfo dos mal-amanhados de nascença. Mas só faz porque é a favor da nossa feiosa causa. O resto é o olho de quem vê contra o coração de mãe ou de outras raparigas que, por ventura e sorte, nos amam em nos acham definitivos galãs e Alains Dellons.

Ao cronista, amigo, só resta pingar o ponto final sobre todas as suspeitas anteriores.

& Modinhas de fêmea

Depois do suor desse tema todo, amiga, só nos resta deixar a boutaude do velho Serge Gainsbourg, cabra francês, cantor, compositor, aquele bem romântico da canção Je T`aime... Moi Non Plus, mais feio que só maxixe lascado em cruz, que dizia, na sua buena onda, mais ou menos assim, em livre tradução desse parcialíssimo cronista:

“A vantagem de ser feio é que a beleza é passageira; já a feiúra é para sempre”.

E aí, Mimi, leitora número 1, o que me diz?

(*) A coluna Modos de Macho & Modinhas de Fêmea, do jornalista Xico Sá, é fornecida com exclusividade pela BR Press. Fale com ele pelo e-mail: xicosa@brpress.net .

quinta-feira, 12 de junho de 2008

"Romântico é uma espécie em extinção?"

"Romântico é uma espécie em extinção?"
Para muitos “despeitados de plantão”, hoje não deixa de ser mais uma data comercial. Porém, na minha opinião, mesmo estando solteira no momento, é muito importante e bonito comemorar essa data.Comemorar o Dia dos Namorados com a pessoa amada é uma delícia! Brilhos nos olhos, jantar à luz de velas, sorrisos, beijos, flores, cartões, presentes, mensagens. Tem coisa melhor do que está apaixonado e ser correspondido? Coração acelerado, mãos frias, cabeças nas nuvens... Pode falar que é brega, piegas e etc. Mas me diga qual mulher, a mais feminista que seja, que nunca se derreteu por um buquê de rosas vermelhas, um urso de pelúcia e um coração enormeeeeeeeeeeeeee, escrito “Eu te Amo”?

Um “Dia dos Namorados” bem comemorado fica guardado na memória, pelo menos na minha ficou. Ao meu ver o que conta nem é o valor do presente, mas o que ele representa.Eu me lembro de alguns: Meu primeiro namorado me deu uma caixa com um presente e cheia de zilhões de corações de papel, dobrados (era papel de caderno mesmo), que ele mesmo cortou onde cada um tinha uma frase romântica. (O bonito foi ver o trabalho que ele teve para cortar e escrever um por um). Já ganhei música, já ganhei poema, já ganhei até um anel de noivado nesse dia, com direito a jantar à luz de velas e olhos cheios de lágrimas. Vivenciar e relembrar isso tudo é gostoso, não podemos negar.
Mas para quem, assim como eu, ainda não achou a “tampa da panela”, (até achei algumas, mas por um motivo ou outro, nenhuma encaixou totalmente) não precisa ficar se achando as mais solitárias das criaturas....Existe os pontos positivos de estar solteiro, mas isto é assunto para um próximo post.
Para homenagear à todos enamorados, deixo essa letra de Vander Lee que descreve exatamente o romântico na sua perfeita forma.Vai dizer que ele não tem razão?


Românticos
Vander Lee
Composição: Nado Siqueira
Românticos são poucos
Românticos são loucos
Desvairados
Que querem ser o outro
Que pensam que o outro
É o paraíso...

Românticos são lindos
Românticos são limpos
E pirados
Que choram com baladas
Que amam sem vergonha
E sem juízo...

São tipos populares
Que vivem pelos bares
E mesmo certos
Vão pedir perdão
Que passam a noite em claro
Conhecem o gosto raro
De amar sem medo
De outra desilusão...

Romântico
É uma espécie em extinção!
Romântico
É uma espécie em extinção!

Românticos são poucos
Românticos são loucos
Desvairados
Que querem ser o outro
Que pensam que o outro
É o paraíso...

Românticos são lindos
Românticos são limpos
E pirados
Que choram com baladas
Que amam sem vergonha
E sem juízo...

São tipos populares
Que vivem pelos bares
E mesmo certos
Vão pedir perdão
Que passam a noite em claro
Conhecem o gosto raro
De amar sem medo
De outra desilusão...

Romântico
É uma espécie em extinção!
Romântico
É uma espécie em extinção!

Românticos são poucos
Românticos são loucos
Como eu!
Românticos são loucos
Românticos são poucos
Como eu! Como eu!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Mulheres Hortifrutigranjeiros

Mulher samambaia, mulher melancia, maracujá, uva, melão.... Ultimamente muito se tem ouvido falar dessas mulheres vegetais, leguminosas e frutíferas. Não resisti em indagar o que leva uma mulher se auto-intitular “melancia”, ou coisas do gênero. Muitos de vocês devem estar pensando.... “Pura inveja sua !!!!” . Reconheço que todas elas possuem corpos esculturais, fruto de muita malhação, dieta, cirurgias, próteses e todas as parafernálias existentes para se alcançar o tão desejada corpo perfeito imposto pela mídia. Ossos do ofício de quem vive de expor seu corpo, é modelo, atriz, trabalha na TV. Mas comparar suas próprias nádegas à frutas.... Já é apelação demais para meu gosto, e desgosto! Desgosto, sim! É inadmissível que a mulher minimize suas qualidades à sua “bunda”. Já não basta termos sido chamadas de potrancas, cachorras e levar inúmeros tapinhas “que não doem”?

Enquanto houver mulheres que aceitam por dinheiro, por fama, e até por carência prestar esse tipo de papel lastimável, haverá opressão, preconceito e abuso. Não é à toa que o país que vivemos é visto lá fora como o “filão” da prostituição. Será que ninguém entende que associar as mulheres à exclusivamente isso, não contribui para aumentar o machismo e o desrespeito?

Proponho reverter essa associação. Já pensou que bom seria, se fôssemos associadas não só ao erotismo e ao sexo, mas sermos associadas à cultura, ao social, à caridade? Que tal “Mulher Literatura”, “Mulher Direitos Humanos”, “Mulher Bem estar social”? Nenhuma delas desprovidas de vaidade, charme e beleza, é lógico. Porém representando algo mais do que, bundas e peitos enormes e siliconados. Com certeza não venderia tanto quanto a mulher melancia na Playboy. Mas por outro lado seríamos vistas não apenas como uma peça de carne pronta para ser abatida, mas como seres humanos, passíveis de outras vivências e outras competências além dos cliques do J.R Duran, que diga-se de passagem, manda muito bem.

Adélia Prado, Frida, Zélia Gattai, Marisa Monte, Maria Betânia entre outras inúmeras mulheres são exemplos, que graças a deus não precisaram de expor o corpo para ter destaque. Sua arte, sua literatura, sua vida, basta para se tornarem inesquecíveis, desejáveis e incrivelmente belas.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Sobre pitangas e felicidade

Acho que essa é a minha terceira tentativa de ter um blog. Acho uma ótima "pedida" para escrever o que quiser, sem censura. O problema é ter disciplina e tempo para manter isso atualizado.... Leio os blogs dos meus amigos e até de desconhecidos, e deu vontade de criar um novamente prá mim.

Vou inaugurar explicando o porquê deste "sugestivo" nome....
O nome pitanga vem de pyrang, que, em tupi, quer dizer "vermelho". Portanto, a expressão "chorar as pitangas" significa "chorar muito, até os olhos ficarem vermelhos".
Quando a gente diz: fulano "chorou as pitangas", não necessariamente ele chorou de lágrimas, mas usamos esta expressão para dizer que ele reclamou, lamuriou. Sabemos que um blog, muitas das vezes é um lugar de desabafo, às vezes um "muro de lamentações". E o ato de "reclamar", é inerente ao ser humano. Reclamamos de tudo, a toda hora.Eu sou um destes seres humanos que vivem reclamando... Do frio, do calor,do excesso de coisas para fazer e da falta....

Mas calma! Não reclamarei apenas no pitangas :)
Para comprovar isso, querido leitor, vou explicar o outro motivo da escolha do nome. Quando penso nessa "inofensiva" frutinha vermelha, lembro do pequeno pé que tinha no quintal da casa de minha avó paterna, onde, quando era criança, ficava horas embaixo pegando aquelas que caíram, ou pedindo para a vovó Mercês as mais vermelhas e docinhas.... Me deliciava nesse trabalho e sempre torcia para o pé estar carregado!Ao recordar esse pequeno episódio da minha infância, lembrei também de como era mais fácil e mais simples ser feliz.Por isso deixo bem claro: o pitangas não será apenas um lugar para reclamar, mas também de exaltar as pequenas e singelas coisas belas da vida que nos deixa bem próximos da felicidade.