sábado, 27 de junho de 2009

Desregulamentação da minha profissão e a partida do Michael




Ando sem tempo e sem inspiração para escrever. Mas ao mesmo tempo me sinto mal de deixar esse cantinho laranja desatualizado. Afinal, acho que tenho leitores assíduos, né mãe?! Rsrsrsrrsr Mas deixando a brincadeira de lado, quero falar de duas coisas que já estão no circuito há muito tempo. Primeiro o que fizeram com a minha profissão:
"Nós jornalistas diplomados, fomos surpreendidos pela lamentável e revoltante decisão do STF que acaba com a obrigatoriedade do diploma." A profissão que já anda bem capenga há muitos anos, sem representatividade alguma, com baixíssimos salários, sobrecarga de trabalho e com escassez de vagas no mercado está fadada ao fim, diante da decisão do ilustríssimo ministro Gilmar Mendes.
Qualquer pessoa hoje poderá exercer o jornalismo!!? Indignação é apenas um dos sentimentos que nos invade. A decisão parte do pressuposto que para exercer a profissão não é necessário aporte científico e treinamento específico. Ah é ??? Quem irá nos ressarcir dos 4 anos investidos em um banco de uma faculdade? Acabamos de perder as ínfimas garantias que tínhamos de alguma fiscalização nas grandes empresas jornalísticas.
Sinto um ranço de revanche do judiciário que muitas vezes teve sua caixa preta remexida pela grande imprensa, realmente comprometida com a verdade. Querem calar a nossa voz, de vez agora. O que nos impulsionará agora? Até então era a vocação e o amor pela profissão, apenas... Mas e agora ???? E a pimenta vai arder no olho de outros por aí, de acordo com nosso amigo Mendes, outras profissões terão mesmo fim.....Pronto, desabafei.


Agora vou aproveitar para “chorar” a perda do nosso querido Michael......Até agora não dá para acreditar que o nosso rei do pop, se foi. Como suas músicas, embalaram minha infância, pré- adolescência e adolescência.....
Imbatível astro, que impactou e revolucionou a indústria fonográfica mundial. Tá certo que como bom e velho super star, tinha lá suas bizarrices. Parte verdade, parte intriga da mídia e parte jogada de marketing, porque não?. Hoje nada disso mais tem importância...O que vai ficar guardado na memória com grande saudade é seu “moonwalking”, sua musicalidade e as batidas de suas canções pop perfeitas.

Um comentário:

Polyana disse...

ô Helena.. primeiramente pensei em vc quando fiquei sabendo da notícia da desregulamentação da profissão sabe? Discordo que não é preciso um conhecimento técnico para atuar como jornalista. Penso também que se a questão da ética, da objetividade e do romantismo (pq não?) já são complicadas, ainda com a existência de uma exigência de qualificação técnica, imagine sem isto. Vejamos o que isto nos traz e também nossa maneira de reagir e sobreviver a isto. Não sou jornalista mas apesar de relações públicas, sou uma defensora da função social da comunicação para nossa sociedade. Para as pessoas. Agora sobre o Michael.. poxa vc foi a primeira pessoa mais próxima que publicou algo com relação a isto. Quero dizer sabe, que chorei acredita? Sozinha, no quarto, vendo a notícia, de como ele foi julgado, de como não soube lidar com o mundo hipócrita ou difícil dos adultos (mesmo se colocando incapaz de encontrar o lado bom das coisas..), de como seu talento sobressaía e era tão grande que cobrou tanto dele desde tão cedo... Eu me sinto muito ligada ao coração do artista e sei que ele precisa de um norte, para não deixar que o que ele possui de mais belo, o torne escravo de si mesmo e de coisas que o oprimem. Fiquei adulta, mas não esqueço do que falava na 8 série: "eu não admito perder o tesão pelas coisas". Agora penso se cresci ou se ingenuamente estou ligada à idéia de pureza das crianças.. mas isto não importa. Cada pessoa é um porto rico de fins e chegadas... Eu confesso pra vc que é difícil perder referências que um dia viram a gente um pouco mais pra trás... :DDD um grande beijo e ah, seu blog abre toda vez que abro meu navegador! Tb sou sua leitora assídua! Atualize este cantinho laranja e vermelho com esta pitanga linda.